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Supraglotoplastia Epiglotopexia
É a cirurgia realizada para a correção da laringomalácia grave, principal causa de estridor neonatal. Evita, na maioria dos casos, a evolução para traqueostomia neonatal.
O que é a Cirurgia?
A Supraglotoplastia ou Epiglotopexia é uma cirurgia realizada para corrigir a laringomalácia grave, que é a principal causa de estridor neonatal. A laringomalácia é uma alteração congênita da laringe, sendo responsável por cerca de 60% a 75% dos casos de estridor congênito. Nessa condição, ocorre um colapso dos tecidos supraglóticos, que são os tecidos localizados acima da laringe, durante a inspiração, gerando um estridor inspiratório (diminuição do espaço para passagem de ar) que piora durante a alimentação, agitação e choro. O estridor costuma surgir nas duas primeiras semanas de vida, com pico de incidência em torno dos 6 meses, e em cerca de 90% dos casos, há resolução espontânea até os 2 anos. No entanto, em 10% dos casos, é necessário realizar a intervenção cirúrgica para melhorar a obstrução respiratória e evitar a evolução para traqueostomia neonatal.
Como é feita a cirurgia?
A cirurgia consiste em corrigir o colapso dos tecidos supraglóticos. Ela é realizada sob anestesia geral e através de um endoscópio, que é um instrumento utilizado para visualizar a laringe. O procedimento é feito com a criança deitada de costas e com a cabeça inclinada para trás. Durante a cirurgia, são removidos os tecidos que estão causando a obstrução e é feita uma fixação da epiglote, que é uma estrutura localizada na parte superior da laringe, para evitar o colapso dos tecidos supraglóticos durante a inspiração.
Como é a recuperação da cirurgia?
A recuperação costuma ser rápida e a criança pode ser liberada para casa no mesmo dia ou no dia seguinte à cirurgia. É possível que a criança apresente alguns sintomas como dor de garganta, dificuldade para engolir e voz rouca, mas esses sintomas costumam melhorar em poucos dias. Durante o período de recuperação, é importante evitar alimentos muito quentes, ácidos e duros, além de manter a criança em repouso relativo.
Quais os cuidados com a cirurgia?
É importante que a criança seja acompanhada por um otorrinolaringologista para avaliação da evolução do quadro e realização de eventuais ajustes no tratamento. Também é recomendado que a criança não frequente ambientes com muita aglomeração durante as primeiras semanas após a cirurgia para evitar a exposição a doenças respiratórias. Além disso, é importante seguir as orientações do médico quanto aos cuidados com a alimentação e repouso durante a recuperação.
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